quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cidade Antiga (Jerusalém)

 

Cidade Antiga (Jerusalém)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
Pix.gifCidade Antiga de Jerusalém e seus Muros *
Welterbe.svg
Património Mundial da UNESCO

Jerusalem Dome of the rock BW 13.JPG
Cúpula da Rocha e Muro Ocidental
PaísJerusalém
Tipo
CritériosC (ii) (iii) (vi)
Referência148
Região**
Coordenadas31º47'N 35º13'E
Histórico de inscrição
Inscrição1981 (em perigo: 1982) (? sessão)
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.
** Região, segundo a classificação pela UNESCO.
A chamada Cidade Antiga ou Cidade Velha de Jerusalém é uma área amuralhada em forma rectangular com 0,9 km² na cidade moderna de Jerusalém. Na Cidade Velha encontram-se vários sítios de fundamental importância religiosa, como o Monte do Templo e Muro das Lamentações para os judeus, a Basílica do Santo Sepulcro para os cristãos e o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa para os muçulmanos.
A Cidade Antiga e as suas muralhas foram nomeadas pela UNESCO Património Mundial da Humanidade em 1981, por indicação da Jordânia.1 Devido à história conflitiva da cidade e sua soberania indefinida, o país de localização do sítio não está especificado na lista da UNESCO.2

Bairros

Mapa da Cidade Antiga de Jerusalém.
A área é rodeada por uma muralha mandada construir em 1538 pelo sultão otomano Solimão, O Magnífico. Oito portões permitem o acesso à Cidade Antiga, dividida em quatro bairros: o Bairro Muçulmano, o Bairro Judeu, o Bairro Cristão, e o Bairro Arménio.
O bairro cristão ocupa a parte noroeste da Cidade Antiga e o seu monumento principal é a Basílica do Santo Sepulcro. Inclui o Portão Novo, partilhando o Portão de Jafa com o bairro arménio (que se encontra no sudoeste) e o Portão de Damasco com o bairro muçulmano. Nesta área passa também a Via Dolorosa, o caminho que se julga ter sido percorrido por Jesus com a cruz antes de ser crucificado no Calvário, um pequeno monte na zona nordeste da actual cidade fortificada.
O bairro muçulmano situa-se a nordeste e inclui o Portão de Herodes, o Portão dos Leões (ou Portão de São Estevão) e o Portão Dourado. Nele se situa o Haram ash-Sherif (conhecido como "Monte do Templo" pelos judeus), um santuário no Monte Moriá, onde estão duas mesquitas: a Cúpula da Rocha (ou Mesquita de Omar) e Mesquita de Al-Aqsa.
O bairro judeu, a sudeste, inclui o Portão dos Detritos e o Portão de Sião, a sul do qual se situa o Monte Sião (Sion) e o Túmulo do rei David.

Referências

  1. Indicators na página da UNESCO sobre a Cidade Velha [1]
  2. Lista do Património Mundial da UNESCO [2]


 

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Domo da Rocha

Cúpula da Rocha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Domo da Rocha)
    
Domo da Rocha
Fachada do Domo da Rocha.
Fachada do Domo da Rocha.
LocalJerusalém
RegiãoJerusalém Oriental
País
Coordenadas31° 46′ N 35° 14′ W
ReligiãoIslamismo
Diocese
Ano de consagração
Arquiteto
Estilo arquitetónico
Início da construção685
Fim da construção691
Área construída{{{Área}}}
Página web
Notas
Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha são nomes atribuídos à Mesquita de Omar, situada no Monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém. O edifício, construído no século VII, é um dos sítios mais sagrados do Islã e uma das grandes obras da arquitectura islámica. Sua vistosa cúpula dourada é um dos pontos mais emblemáticos da cidade.
A mesquita é parte integrante do centro histórico de Jerusalém, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1981.
O edifício é um santuário aonde teria sido o altar de sacrifícios usado por Abraão, Jacó e outros profetas que introduziram o ritual nos cultos judaicos. Davi e Salomão também consideraram o local sagrado, mais tarde enquanto altar, a Cúpula da Rocha teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé) permanece hoje como um templo da fé islâmica.
A Cúpula da Rocha recebeu esse outro nome devido à grande rocha circunscrita a ela que foi usada em sacrificios — atualmente protegida no interior da Mesquita de Omar — e constitui uma das razões pelas quais a cidade de Jerusalém é considerada Cidade Santa por várias religiões.
Segundo a tradição judaica, foi nessa rocha que Abraão preparou o sacrifício do seu filho Isaac a Deus e onde, mil anos antes de Cristo, o rei Salomão construiu o primeiro templo.

 Construção

O califa omíada Abd al-Malik foi o patrocinador da construção do Domo da Rocha em Jerusalém. O acadêmico muçulmano al-Wasiti fez o seguinte relato sobre a construção:
Quando Abd al-Malik tencionava construir o Domo da Rocha, ele foi de Damasco a Jerusalém. Ele escreveu, "Abd al-Malik quer construir um dome (qubba) sobre a Rocha para abrigar os muçulmanos contra o frio e o calor, e construir uma mesquita. Mas antes de começar ele quer saber a opinião de seus súditos." Com a aprovação deles, os seus enviados escreveram de volta, "Que Alá permita o sucesso de sua empreitada e que Ele conte o domo e a mequita como uma boa ação de Abd al-Malik e seus predecessores."' Ele então juntou artesãos de todo o seu domínio e pediu-lhes que providenciassem uma descrição e um modelo para o domo planejado antes de iniciarem as obras. Ele então ordenou a construção de um tesouro (bayt al-mal) na parte leste da Rocha, na beirada, e encheu-o de dinheiro. Em seguida, ele apontou Raja' ibn Hayweh e Yazid ibn Salam para supervisionarem a construção e ordenou que eles não poupassem gastos nela. Abd al-Malik retornou então para Damasco. Quando os dois homens ficaram satisfeitos com a obra, eles escreveram de volta ao califa para informá-lo de que a construção do domo e da Mesquita de al-Aqsa estava completa. Eles disseram "Não há nada no edifício que possa ser criticado". Eles escreveram que cem mil dinares sobraram no orçamento que ele os havia confiado. Abd al-Malik ofereceu o dinheiro a eles como recompensa, mas eles negaram, indicando que já haviam sido generosamente compensados. O califa então ordenou que as moedas de ouro fosse derretidas e aplicadas no exterior do domo, que, na época, brilhava com tamanho fulgor que ninguém conseguia olhar diretamente para ele1 2
Em seu "Livro sobre Geografia", Al-Muqaddasi relatou que uma quantia equivalente a sete vezes o produto interno do Egito foi utilizado na construção do domo. Durante a discussão com seu tio sobre o porque o califa havia gastado tanto em mesquitas em Jerusalém e Damasco, al-Maqdisi escreveu:
Ó meu pequeno, tu não entendes nada. Na verdade ele estava certo e foi incitado a realizar uma obra digna. Pois ele viu que a Síria era um país que há muito fora ocupada pelos cristãos e ele percebeu que havia lá belas igrejas que ainda lhes pertenciam, tão encantadoras e tão renomadas por seu esplendor, como são a Igreja do Santo Sepulcro e as igrejas de Lida e Edessa. Por isso ele procurou construir para os muçulmanos uma mesquita que fosse única e uma maravilha para o mundo. E, igualmente, não é evidente que o califa Abd al-Malik, vendo a grandeza do Martyrium do Santo Sepulcro e sua magnificência se convenceu que ele poderia confundir a mente dos muçulmanos e, assim, ele erigiu sobre a Rocha o domo que agora se vê lá3 4

 

Referências

  1. Abu-Bakr al-Wasiti, Fada'il Bayt al-Maqdis, pp. 80-81, vol 136.
  2. Nasser Rabbat

sábado, 11 de maio de 2013

Monte do Templo

 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
Monte do Templo
Coordenadas31° 46′ N 35° 14′ E
Altitude743 m m
LocalizaçãoJerusalém, Israel Israel
Rota mais fácil
Monte do Templo ou Esplanada das Mesquitas, ao centro Mesquita de Al-Aqsa, construída por Omar sobre as ruínas do Templo de Salomão, destruído pelos romanos.
O Monte do Templo (em hebraico: הר הבית, transl. Har Ha-Bayit), em alusão ao antigo templo, pelos judeus e cristãos, e Nobre Santuário (الحرام الشريف, transl. Al-Haram ash-Sharif) pelos muçulmanos. Também conhecida como a Esplanada das Mesquitas, é um lugar sagrado para muçulmanos e judeus e é um dos locais mais disputados do mundo.
É o lugar mais sagrado do judaísmo, já que no Monte Moriá se situa a história bíblica do sacrifício de Isaac (para os muçulmanos, lá teria ocorrido o sacrifício de Ismael). O lugar da "pedra do sacrifício" (a Sagrada Pedra de Abraão) foi eleito pelo rei David para construir um santuário que albergasse o objecto mais sagrado do judaísmo, a Arca da Aliança. As obras foram terminadas por Salomão no que se conhece como Primeiro Templo ou Templo de Salomão e cuja descrição só conhecemos através da Bíblia, já que foi profanado e destruído por Nabucodonosor II em 587 a.C., dando início ao exílio judaico na Babilónia. Uns anos depois foi reconstruído o Segundo Templo, que voltou a ser destruído em 70 d.C. pelos romanos, com a excepção do muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, que ainda se conserva e que constitui o lugar de peregrinação mais importante para os judeus. Segundo a tradição judaica, é o sítio onde deverá construir-se o terceiro e último templo nos tempos do Messias.
O local é o terceiro lugar mais sagrado do islamismo, referência a viagem até Jerusalém e a ascensão de Muhammad ao paraíso. O local é também associado a vários profetas judeus, sendo que os próprios muçulmanos consideram estes profetas judeus como muçulmanos. Lá localiza-se a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídas ambas no século VII, uma das estruturas mais antigas do mundo muçulmano.1

 História

Sinal à entrada da Esplanada das Mesquitas colocado pelo Grande Rabinato de Israel, proibindo o acesso aos judeus (1978).
Segundo a ortodoxia judaica, os judeus não devem penetrar no Monte do Templo porque o consideram um lugar sagrado profanado e porque poderiam, sem querer, violar o sancta sanctorum do desaparecido templo, isto é, a zona do mesmo cuja entrada só estava permitida, e ainda é assim, ao sumo sacerdote.
o Monte do Templo, em Jerusalém.
O Califa Omar ordenou a construção de uma mesquita ao lado sudeste do local, em direção a Meca, somente 78 anos após isto foi concluída a mesquita de al-Aqsa. A construção original ficou conhecida por ter sido feito de madeira.2
Em 691 uma mesquita octogonal com uma cúpula foi construída sobre as rochas, chefiada pelo califa Abd al-Malik, ficando o santuário conhecido como a Domo da Rocha (Qubbat as-Sakhra قبة الصخرة). Sua cúpula em si foi coberta de ouro somente em 1920. Em 715, os omíadas liderados pelo califa al-Walid I, construíram um templo nas proximidades de Chanuyos (ver ilustrações e imagem detalhada), que deram o nome de al-Masjid al-Aqsaالمسجد الأقصى, a al-Aqsa ou traduzido "a mais distante mesquita ", correspondente à crença muçulmana de milagrosa jornada noturna como relatado no Alcorão e hadith feita por Muhammad. O termoal-Haram al-Sharifالحرم الشريف (Santuário Nobre) refere-se a toda a área que circunda a rocha, como foi chamado mais tarde pela mamelucos e Império Otomano.3
Após o local ter sido conquistado pelos cruzados, Saladino reconquistou Jerusalém e os templos em 2 de outubro de 1187, através do Cerco a Jerusalém. Antes da queda pelos cristãos, Saladino ofertou generosos termos de rendição, os quais foram rejeitados. Após o cerco ter iniciado, ele ofereceu 25% do reino de Jerusalém ao povo cristão, que também foi rejeitado, porém após a morte de uma série de muçulmanos (estima-se 5.000), as forças cristãs lideradas por Balião de Ibelin iniciaram a destruição dos locais sagrados muçulmanos localizados na Esplanada das Mesquitas,4 5 o que gerou a revolta entre os muçulmanos. Após a captura de Jerusalém, Saladino convidou os judeus a voltarem a cidade, sendo que estes anteriormente foram expulsos pelos cristãos.6 Os judeus de Ashkelon, uma grande população judaica, aceitaram este convite e voltaram a viver em Jerusalém.7

Calvário

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    
Calvário (em aramaico Gólgota) é o nome dado à colina que na época de Cristo ficava fora da cidade de Jerusalém, onde Jesus foi crucificado. Calvaria em latim, Κρανιου Τοπος (Kraniou Topos) em grego e Gûlgaltâ em transliteração do aramaico. O termo significa “caveira”, referindo-se a uma colina ou platô que contém uma pilha de crânios ou a um acidente geográfico que se assemelha a um crânio.
Lugar tradicional do Monte Gólgota, dentro da Igreja do Santo Sepulcro
O Calvário é mencionado em todos os quatro evangelhos, quando relatam a crucificação de Jesus:
Evangelho de Mateus 27:33
E eles chegaram a um lugar chamado Gólgota, que significa o Lugar da Caveira.
Evangelho de Marcos 15:22
E eles levaram-no ao lugar chamado Gólgota, que é traduzido por Lugar da Caveira.
Evangelho de Lucas 23:33
Então eles chegaram ao lugar chamado de Caveira.
Evangelho de João 19:17
E carregando ele mesmo a sua cruz, saiu para o assim chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota.
Lugar alternativo do Monte Gólgota, a leste de Jerusalém, próximo ao Jardim do Túmulo
O Novo Testamento descreve o Calvário como perto de Jerusalém (João 19:20), e fora das muralhas da cidade (Epístola aos Hebreus 13:12). Isso está de acordo com a tradição judia, em que Jesus foi também enterrado perto do lugar de sua execução.
O imperador romano Constantino, o Grande construiu a Igreja do Santo Sepulcro sobre o que se pensava ser o sepulcro de Jesus em 326335, perto do lugar do Calvário. De acordo com a tradição cristã, o Sepulcro de Jesus e a Verdadeira Cruz foram descobertos pela imperatriz Helena de Constantinopla, mãe de Constantino, em 325. A igreja está hoje dentro das muralhas da Cidade Antiga de Jerusalém, após a expansão feita por Herodes Agripa em 41-44, mas o Santo Sepulcro estava provavelmente além das muralhas, na época dos eventos relacionados com a vida de Cristo.
Dentro da Igreja do Santo Sepulcro há uma elevação rochosa com cerca de 5m de altura, que se acredita ser o que resta visível do Calvário. A igreja é aceita como o Sepulcro de Jesus pela maioria dos historiadores e a pequena rocha dentro da igreja como o local exato do Monte Calvário, onde a cruz foi elevada para a crucificação de Jesus. Veja também: Relatos de testemunhas oculares sobre a localização do Calvário: O Peregrino de Bordéus (em 333), Eusébio (338), o bispo Cirilo (347), a peregrina Egéria (383), o bispo Euquério de Lyon (440), ‘’Breviarius de Hierosolyma’’ (530), em alemão.
Depois de passar uma temporada na Palestina em 1882-83, Charles George Gordon sugeriu uma localização diferente para o Calvário. O Jardim do Túmulo fica ao norte do Santo Sepulcro, localizado fora da atual Porta de Damasco, em um lugar certamente utilizado para enterros no período bizantino. O Jardim tinha uma penhasco com dois grandes buracos fundos, que o povo dizia serem os olhos da caveira.
O arqueólogo israelense Shimon Gibson, em sua obra "Os ùltimos Dias de Jesus", descarta totalmente a localização do Calvário como sendo o de Gordon por um motivo muito simples: o túmulo que lá se encontra, tradicionalmente conhecido como o "Túmulo do Jardim" remonta ao século VII a.C. e a Bíblia relata que o túmulo utilizado para sepultar Cristo tinha sido mandado escavar recentemente na rocha por José de Arimatéia. Assim, prevalece a crença do Calvário e Sepulcro tradicionais, cuja localização foi perpetuada pelos cristãos desde a destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. e mantida através dos séculos.
O nome Calvário refere-se freqüentemente a esculturas ou pinturas representando a cena da crucificação de Jesus, ou uma pequena capela incorporando uma pintura com a cena. Pode também ser utilizado para descrever construções mais importantes, em formato de monumento, especialmente colinas artificiais erguidas por devotos.
Igrejas em diversas denominações cristãs têm sido chamadas de Calvário. O termo é também algumas vezes dado a cemitérios, especialmente aqueles associados com a Igreja Católica.
[Wikipedia UK & France :
Em 23 de setembro de 2005, na Sorbonne (Universidade de Paris - École Pratique des Hautes Etudes) Nazénie Garibian de Vartavan defendeu sua tese de doutorado de que ela encontrou por vários argumentos (essencialmente teológicos e arqueológicos) que o local real Gólgota é precisamente localizado verticalmente acima do altar da Basílica de Constantino, agora enterrada, e longe do lugar onde a pedra do Gólgota está localizada. Teoria, desenvolvida com o marido, o renomado egiptólogo Christian Tutundjian de Vartavan, contra a qual o júri, embora composto de pessoas de prestígio acadêmico (Gentlemen Mahe, Thomson, Durant, Maraval, Mathews e Sodini), não poderia fazer qualquer reclamação contra a aceitação da teoria "como está". A tese foi publicada em 2008 como "Garibian de Vartavan, Nazenie 2008 A Nova Jerusalém e as igrejas cristãs da Armênia - Método para o estudo da igreja como o templo de Deus". Isis Pharia, London (ISBN 0 -9527827-7-4). Os planos publicados no livro indicam a localização do Gólgota, com uma precisão de menos de dois metros abaixo da passagem circular situada no local onde tradicionalmente a túnica manchada de sangue de Cristo teria sido encontrada e imediatamente antes da escada que conduz à "Capela de Santa Helena (a mãe do imperador Constantino), também conhecida como" Capela de São Vartan.

Trivialidades

  • No jogo de estratégia para computadores Senhores da Mágica, o deus da morte é chamado Golgoth, e seus seguidores Golgothans. Há também um feitiço no livro de orações do deus da morte Golgoth chamado de “Veneno de Gólgota”.
  • No musical da Broadway Os Miseráveis, o personagem Jean Valjean canta a canção “Mais um dia”, que traz a seguinte frase: “Um dia mais. Outro dia, outro destino, esta estrada sem-fim para o Calvário.”
  • O disco Embryodead, de 1997, de Wumpscut, apresenta a canção "Golgotha," referindo-se claramente à crucificação.
  • No filme Dogma (1999 - Kevin Smith), o Monstro que luta contra os inseparáveis Jay (Jason Mewes) e Silent Bob (Kevin Smith) recebe o nome de Gólgota e foi criado a partir dos excrementos das pessoas que foram ali crucificadas.

Getsêmani

 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
Jardim de Getsêmani.
Getsêmani (português brasileiro) ou Getsémani (português europeu) (em grego: ΓεσΘημανι, transl. Gesthēmani; em hebraico: גת שמנים, transl. Gat Shmanim, do aramaico גת שמנא, Gat Shmānê, literalmente "prensa de azeite") é um jardim situado no sopé do Monte das Oliveiras, em Jerusalém (atual Israel), onde acredita-se que Jesus e seus discípulos tenham orado na noite anterior à crucifixão de Jesus. De acordo com o Evangelho segundo Lucas, a angústia de Jesus no Getsêmani foi tão profunda que "seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão."1 De acordo com a tradição cristã ortodoxa, o Getsêmani também é o local onde os apóstolos sepultaram a Virgem Maria.

 

Etimologia

Getsêmani apareceu no original grego dos Evangelhos (Mateus 26:36 e Marcos 14:32) como Γεθσημανι (Gethsēmani), nome derivado do aramaico גת שמנא (Gaṯ-Shmānê), que significa "prensa de azeite"2 . Em Marcos, ele é chamado de chorion, "lugar" ou "propriedade"; já em João 18:1, ele aparece como um kepos, "horto" ou "jardim".

Localização

O jardim identificado como Getsêmani se localiza ao pé do Monte das Oliveiras,2 no vale do Cédron. Diante do jardim está a Igreja de Todas as Nações, também conhecida como Igreja da Agonia, construída no sítio de uma igreja destruída em 614 pelos sassânidas, e que posteriormente foi reconstruída pelos cruzados e destruída novamente em 1219. Nas proximidades se encontra a Igreja Ortodoxa Russa de Santa Maria Madalena, com suas torres bulbosas douradas, no estilo russo-bizantino, construída pelo czar Alexandre III da Rússia em memória de sua mãe.
Há quatro3 lugares que alegam ser o local onde Jesus rezou na noite em que foi traído:
  1. A Igreja de Todas as Nações, de onde se vê um jardim com a chamada "Rocha da Agonia".
  2. Um local perto do Túmulo da Virgem, ao norte.
  3. A igreja ortodoxa grega, à leste.
  4. O jardim da Igreja Ortodoxa Russa, próximo à Igreja de Santa Maria Madalena.
Dr. Thomson, o autor de The Land and the Book, escreveu: "A primeira vez que eu vim para Jerusalém e por muitos anos depois, este local era aberto a todos quando desejassem vir para meditar sob as antiquíssimas oliveiras. Os latinos, porém, tomaram posse, nos últimos anos, de todo o lugar e construíram um muro à volta. Os gregos inventaram um outro lugar um pouco mais ao norte. Minha impressão é a de que ambas estão erradas. O local é muito perto da cidade e tão perto da grande via para o leste que o Senhor dificilmente o teria escolhido para seu retiro naquela perigosa e sombria noite. Estou inclinado a localizar o Jardim das Oliveiras num vale fechado uma centena de metros a noroeste do atual Getsêmani"4 .

Peregrinação

 Agonia no Getsêmani

De acordo com Lucas 22:43-44, a agonia de Jesus no Getsêmani foi tão profunda que "o seu suor tornou-se em gotas de sangue a cair sobre a terra." De acordo com a tradição da Igreja Ortodoxa, o Getsêmani é o local onde a Virgem Maria foi enterrada e de onde depois ela ascendeu aos céus após a dormição no Monte Sião.
O jardim de Getsêmani foi um ponto focal para os primeiros peregrinos cristãos. Foi visitado em 333 pelo anônimo dito 'Peregrino de Bordeaux', cujo Itinerarium Burdigalense é a primeira descrição deixada por um viajante cristão da Terra Santa. Em seu Onomasticon, Eusébio de Cesaréia nota que o sítio do Getsêmani se localiza "aos pés do Monte das Oliveiras" e acrescenta que "os fiéis costumavam ir lá para rezar." Acredita-se que as oliveiras ali plantadas tem mais de 900 anos de idade5 .

Mar Morto

Mar Morto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
Mar Morto
 
O Mar Morto visto do espaço, com as áreas de extração de sal ao sul.
 
Localização
LocalizaçãoOriente Médio 5
País Israel
Jordânia
Características
TipoEndorreico
Área *1050 km²
Comprimento máximo80 km
Largura máxima18 km
Profundidade máxima378 m
Volume *147 km³
Afluentesrio Jordão
* Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas envolvidas, podendo não estar normalizadas.
A alta salinidade do Mar Morto permite a flutuação de um turista.
O Mar Morto (em hebraico: ים המלח, transl. Loudspeaker.svg? Yam ha-Melah; em árabe: البحر الميت, transl. Loudspeaker.svg? Al Bahr al Mayyit) é um lago de água salgada do Oriente Médio.
Com uma superfície de aproximadamente 1050 km², correspondente a um comprimento máximo de 80 quilômetros e a uma largura máxima de 18 km, é alimentado pelo Rio Jordão e banha a Jordânia e a Israel. Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa do aumento na captação das águas de seu afluente, Rio Jordão, por parte das autoridades de Israel e Jordânia, única fonte de água doce da região, além da natural evaporação das suas águas. Contudo, os especialistas são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a se estabilizar, paralelamente a estudos que levem à sua conservação e preservação; portanto, o desaparecimento do Mar Morto não aconteceria, segundo estes, nem hoje nem no futuro1 .
Atualmente, a contínua perda das suas águas causa uma contínua redução em sua área e profundidade, relativamente ao nível médio das águas do Mar Mediterrâneo. No ano de 2004, este nível estava próximo de 417 m abaixo do nível médio do Mar Mediterrâneo, o que faz com que seja a maior depressão do mundo, e a tendência é o aumento deste desnível durante o século XXI.
O Mar Morto tem esse nome devido à grande quantidade de sal por ele apresentada, dez vezes superior à dos demais oceanos, donde decorre a escassez de vida em suas águas2 3 , havendo apenas alguns tipos de arqueobactérias e algas4 . Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só podem ser encontrados nesta região do mundo. Em termos de concentração, e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos em que o teor de sal, por 100 ml de água, não passa de 3 g, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 g de sal por 100 ml de água, ou seja, dez vezes superior.
A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II da era cristã. Ao longo dos séculos anteriores, vários foram os nomes pelos quais era conhecido, entre outras fontes, a Bíblia, concretamente alguns dos Livros do Antigo Testamento. Assim, nos Livros Génesis 14,3 e Josué 3,16 aparece com o nome de Mar Salgado. Com o nome de Mar de Arabá aparece em Deuteronómio 3,17 e em II Reis 14,25. Já em Joel 2,20 e Zacarias 14,8 surge como Mar Oriental. Fora da Bíblia, Flávio Josefo denominou-o Lago de Asfalto e o Talmude designou-o por Mar de Sodoma e Mar de Lot, entre outros nomes que ele recebeu.
O Mar Morto contém a água mais salgada do mundo. Essa grande quantidade de sal aumenta sua flutuabilidade, e os banhistas bóiam facilmente.

 

Etimologia e toponímia

Em hebraico, o Mar Morto é Loudspeaker.svg? Yām ha-Melaḥ, significando "mar de sal" (Gênesis 14:3). Em prosa, por vezes, o termo Yām ha-Māvet (ים המוות, "mar da morte") é usado, devido à escassez de vida aquática lá.5 Em árabe o Mar Morto é chamado Loudspeaker.svg? al-Bahr al-Mayyit ("o Mar Morto"), ou, menos freqüentemente baḥrᵘ lūṭᵃ (بحر لوط, "o Mar de "). Outro nome histórico em árabe era o "Mar de Zoʼar", nome de uma cidade próxima nos tempos bíblicos. Os gregos o chamavam de Lago Asphaltites (ἡ Θάλαττα ἀσφαλτῖτης), hē Thálatta asphaltĩtēs, "o mar de asfaltiteNota 1 ").A Bíblia também se refere a ele como Yām ha-Mizraḥî (ים המזרחי, "o mar Oriental") e Yām ha-‘Ărāvâ (ים הערבה, "O Mar de Arava").

Geografia

Fotografia de satélite mostrando a localização do Mar Morto
O Mar Morto é um lago endorreico localizado no vale do rio Jordão, uma característica geográfica formada pela falha transformante do Mar Morto. Este movimento lateral esquerdo em falha transformante fica ao longo de uma fronteira de placas tectônicas, entre a Placa africana e a Placa Arábica. Ele corre entre a Falha Oriental da Anatólia na zona da Turquia e no extremo norte da fenda do Mar Vermelho ao largo da ponta sul do Sinai.
O rio Jordão é a única fonte de água principal desembocando no Mar Morto, embora existam pequenas nascentes perenes sob e ao redor do Mar Morto, criando piscinas e poços de areia movediça ao longo das bordas.6 Não existem fluxos de saída de modo que 25 da água seja de depósitos de sal, dos quais recentemente se tem extraído a potassa.7 .
A chuva não passa de 100 mm por ano na parte norte do Mar Morto e mal atinge 50 mm na parte sul. A aridez da zona do Mar Morto é devido ao efeito rainshadow (sombra de chuva) das Colinas da Judéia. O planalto leste do Mar Morto recebe mais chuvas do que o Mar Morto em si.
Para o oeste do Mar Morto, as Colinas da Judéia tem uma subida menos íngreme e são muito menores do que as montanhas a leste. Ao longo do lado sudoeste do lago há uma formação de halita de 210 m de altura chamada "Monte Sodoma". Só se pode guardae um segrado se uma delas estiver morta.

História

Referências na Bíblia Hebraica

Logo ao norte do Mar Morto está Jericó. Em algum lugar, talvez na costa do sudeste, estariam as cidades mencionadas no Livro do Gênesis, que disse terem sido destruídas na época de Abraão: Sodoma e Gomorra (Gênesis 18) 8 e os outras três "Cidades da planície" - Admá , Zeboim e Zoar (Deuteronômio 29:23)9 . Zoar escapou da destruição, quando , sobrinho de Abraão escapou para Zoar a partir de Sodoma (Gênesis 19:21-22)10 . Antes da destruição, o Mar Morto era um vale cheio de poços de betume naturais, que era chamado de o vale de Sidim. Se diz que o rei Davi se escondeu de Saul em Ein Gedi nas proximidades.
Em Ezequiel 47:8-911 há uma profecia específica que diz que o mar vai ".. ser curado e feito fresco", tornando-se um lago normal, capaz de suportar a vida marinha. Uma profecia semelhante é indicada em Zacarias 14:8,12 que diz que "águas vivas sairão de Jerusalém, metade delas para o mar oriental (provavelmente o Mar Morto) e metade para o mar ocidental (do Mediterrâneo) ..."
O historiador judeu Josefo identifica o Mar Morto, na proximidade geográfica da antiga cidade bíblica de Sodoma. No entanto, ele refere-se ao lago pelo seu nome grego, asfaltites.13

Período do Segundo Templo

Moradias nas cavernas perto do Mar Morto é registrado na Bíblia Hebraica como tendo tido lugar antes de os israelitas chegarem a Canaã, e extensivamente no tempo do Rei David. Várias seitas de judeus estabeleceram-se em cavernas com vista para o Mar Morto. A mais conhecida delas é a dos essênios de Qumran, que deixaram uma extensa biblioteca conhecida como os Manuscritos do Mar Morto.Nota 2 14 A cidade de Ein Gedi, mencionada muitas vezes na Mishná, produzia caqui para a fragrância do templo e para exportação, usando uma receita secreta. O "sal sodomita" era um mineral essencial para o incenso sagrado do templo, mas se dizia ser perigoso para uso doméstico e podia causar cegueira.15