quarta-feira, 15 de maio de 2013

Domo da Rocha

Cúpula da Rocha

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Domo da Rocha
Fachada do Domo da Rocha.
Fachada do Domo da Rocha.
LocalJerusalém
RegiãoJerusalém Oriental
País
Coordenadas31° 46′ N 35° 14′ W
ReligiãoIslamismo
Diocese
Ano de consagração
Arquiteto
Estilo arquitetónico
Início da construção685
Fim da construção691
Área construída{{{Área}}}
Página web
Notas
Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha são nomes atribuídos à Mesquita de Omar, situada no Monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém. O edifício, construído no século VII, é um dos sítios mais sagrados do Islã e uma das grandes obras da arquitectura islámica. Sua vistosa cúpula dourada é um dos pontos mais emblemáticos da cidade.
A mesquita é parte integrante do centro histórico de Jerusalém, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1981.
O edifício é um santuário aonde teria sido o altar de sacrifícios usado por Abraão, Jacó e outros profetas que introduziram o ritual nos cultos judaicos. Davi e Salomão também consideraram o local sagrado, mais tarde enquanto altar, a Cúpula da Rocha teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé) permanece hoje como um templo da fé islâmica.
A Cúpula da Rocha recebeu esse outro nome devido à grande rocha circunscrita a ela que foi usada em sacrificios — atualmente protegida no interior da Mesquita de Omar — e constitui uma das razões pelas quais a cidade de Jerusalém é considerada Cidade Santa por várias religiões.
Segundo a tradição judaica, foi nessa rocha que Abraão preparou o sacrifício do seu filho Isaac a Deus e onde, mil anos antes de Cristo, o rei Salomão construiu o primeiro templo.

 Construção

O califa omíada Abd al-Malik foi o patrocinador da construção do Domo da Rocha em Jerusalém. O acadêmico muçulmano al-Wasiti fez o seguinte relato sobre a construção:
Quando Abd al-Malik tencionava construir o Domo da Rocha, ele foi de Damasco a Jerusalém. Ele escreveu, "Abd al-Malik quer construir um dome (qubba) sobre a Rocha para abrigar os muçulmanos contra o frio e o calor, e construir uma mesquita. Mas antes de começar ele quer saber a opinião de seus súditos." Com a aprovação deles, os seus enviados escreveram de volta, "Que Alá permita o sucesso de sua empreitada e que Ele conte o domo e a mequita como uma boa ação de Abd al-Malik e seus predecessores."' Ele então juntou artesãos de todo o seu domínio e pediu-lhes que providenciassem uma descrição e um modelo para o domo planejado antes de iniciarem as obras. Ele então ordenou a construção de um tesouro (bayt al-mal) na parte leste da Rocha, na beirada, e encheu-o de dinheiro. Em seguida, ele apontou Raja' ibn Hayweh e Yazid ibn Salam para supervisionarem a construção e ordenou que eles não poupassem gastos nela. Abd al-Malik retornou então para Damasco. Quando os dois homens ficaram satisfeitos com a obra, eles escreveram de volta ao califa para informá-lo de que a construção do domo e da Mesquita de al-Aqsa estava completa. Eles disseram "Não há nada no edifício que possa ser criticado". Eles escreveram que cem mil dinares sobraram no orçamento que ele os havia confiado. Abd al-Malik ofereceu o dinheiro a eles como recompensa, mas eles negaram, indicando que já haviam sido generosamente compensados. O califa então ordenou que as moedas de ouro fosse derretidas e aplicadas no exterior do domo, que, na época, brilhava com tamanho fulgor que ninguém conseguia olhar diretamente para ele1 2
Em seu "Livro sobre Geografia", Al-Muqaddasi relatou que uma quantia equivalente a sete vezes o produto interno do Egito foi utilizado na construção do domo. Durante a discussão com seu tio sobre o porque o califa havia gastado tanto em mesquitas em Jerusalém e Damasco, al-Maqdisi escreveu:
Ó meu pequeno, tu não entendes nada. Na verdade ele estava certo e foi incitado a realizar uma obra digna. Pois ele viu que a Síria era um país que há muito fora ocupada pelos cristãos e ele percebeu que havia lá belas igrejas que ainda lhes pertenciam, tão encantadoras e tão renomadas por seu esplendor, como são a Igreja do Santo Sepulcro e as igrejas de Lida e Edessa. Por isso ele procurou construir para os muçulmanos uma mesquita que fosse única e uma maravilha para o mundo. E, igualmente, não é evidente que o califa Abd al-Malik, vendo a grandeza do Martyrium do Santo Sepulcro e sua magnificência se convenceu que ele poderia confundir a mente dos muçulmanos e, assim, ele erigiu sobre a Rocha o domo que agora se vê lá3 4

 

Referências

  1. Abu-Bakr al-Wasiti, Fada'il Bayt al-Maqdis, pp. 80-81, vol 136.
  2. Nasser Rabbat

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