domingo, 17 de julho de 2016

O Celibato — A Tonsura




É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar.
ITimóteo 3.2
É forçoso insistir nos desvios do catolicismo, que o invalidam como religião ensinada pelo Senhor Jesus, por não transformar a vida das pessoas, por estar afastado do poder e da atuação do Espirito Santo de Deus, por constituir, enfim, verdadeira inutili­dade para os fins que tem em meta. O catolicismo não tem mensagem, pois a mensagem do Evangelho é única, do primeiro ao último livro da Bíblia: “Só Jesus Cristo salva”. Esse é o recado dos crentes, nos trabalhos de evangelismo nas praças públicas, nos púlpitos, nas reuniões, nas convenções, na cidade, no campo, no trabalho, nas folgas. Sempre! Eis a mensagem única do cristianismo autêntico, ensinada por Jesus, pregada por João Batista, por todos os apóstolos com sinceridade de coração: Jesus Cristo é o caminho, a verdade, a vida (Jo 14.6);”(…) há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (ITm 2.5); “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At 4.12). Há tantas outras belíssimas citações que o catolicismo esconde.
Seria necessário repetir que não se encontra a atuação do Espírito Santo entre os católicos? Os católicos praticantes são pessoas de bem, boas, honestas, bem-intencionadas, mas infeliz­mente estão longe, muito longe, das verdades do Novo Testamento, pelo mau ensino, pelo mau testemunho dos sacerdotes, pela falta de confiança que inspiram. Como veremos em outros capítulos, há uma infinidade de maus padres, bispos, cardeais e papas.
Jesus fazia citações das Escrituras em suas pregações, referindo-se a muitos personagens do Antigo Testamento. Certa ocasião, combatendo os que duvidavam, disse: “Errais, não conhe­cendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). Eis a revelação de uma das suas últimas recomendações aos que o acei­taram como Salvador único e suficiente: “Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas” (Ap 18.4).
O celibato foi instituído por Calisto II, em 1223, e é mais uma aberração e grande inconveniente, inibidor também do cres­cimento do número de sacerdotes católicos e motivo de escândalos na Igreja, pelos desvios sexuais. Este é um problema seríssimo, que tem levado centenas de padres, e até mesmo bispos, às barras dos tribunais. Maior absurdo é o fato de um grande número de vítimas serem menores, em geral alunos de colégios católicos. Nos recortes de noticiários, que coligimos durante alguns anos, constam muitos nomes de prelados envolvidos em abusos sexuais de menores.
Só para mencionar os últimos acontecimentos, no dia 18 de junho de 1993, o Daily News, de Nova Iorque, publicou que “numa reunião de bispos católicos, no dia 17, foi criado um Comité Nacional Sobre Abuso Sexual de Crianças por Padres. O oficiante alertou que a má conduta sexual está destruindo a confiança na Igreja (…)”. O Bispo John Kinney afirmou que “levar o assunto de abuso sexual a público pode ser desagradável e confuso, mas talvez só assim se poderá restaurar a confiança na Igreja”. E mais:
Quando mais ou menos 250 bispos começaram a discutir sobte o assunto, membros de um grupo chamado “Grupo Sobre­vivente dos Abusados por Padres” (SNAP) tentaram entrar na sala, mas foram impedidos pela segurança do hotel (…)
Está estimado que 400padres têm sido convictos ou acusados de má conduta sexual nos últimos anos (nos Estados Unidos) (…) O reverendo Andrew Greelay, respeitado autor e sociologista, estima que a Igreja Católica gasta 50 milhões de dólares por ano com terapia para os sacerdotes e danos às vitimas. 
No Brasil, a imprensa divulgou que em sua viagem aos Estados Unidos, depois da publicação das notícias acima, João Paulo II ficou seriamente preocupado com as despesas da Igreja com o paga­mento de indenizações às vítimas de abuso sexual por parte de padres.59
No princípio, praticavam-se os métodos e os ensinamentos do Novo Testamento. Diz um historiador católico que antigamente “o bispo (intendente) era escolhido entre os fiéis, leigos e sacer­dotes, batizados e doutrinados na mesma igreja, a fim de que o pastor conhecesse as suas ovelhas e fosse conhecido delas. Não devia ter mais de uma mulher, era preciso também que fosse conhe­cido como homem de bem e pai de família exemplar”, justamente como diz ITimóteo 3.2.
Muitos padres se têm levantado contra o celibato, numa demonstração de coerência. Além de ser um ensinamento santo das Escrituras Sagradas, é também um princípio de lógica. Como pode ser conselheiro de casais quem não conhece a vida matri­monial? (Sem contar que é um induzimento ao adultério e aos escândalos sexuais, como vimos acima.)
Uma pessoa honesta consigo mesma e que, conhecedora de sua natureza, sabe que não pode controlar os seus impulsos, natu­ralmente não aceitaria o sacerdócio, ou, se não fosse honesta, talvez aceitasse justamente pela facilidade de conseguir seus fins, já que o confessionário é uma porta aberta. Além do mais, o confessio­nário é um convite permanente à incontinência.
Um ex-padre, defensor ardoroso do casamento para os sacer­dotes, explica com singeleza as possíveis razões por que o catolicismo mantém o celibato do clero: “O casamento do clero supõe a morte do confessionário. Ninguém quererá se confessar com um padre casado: o segredo da confissão será revelado à esposa do confessor”. Cremos que é puro engano. É notório que muitos padres são surpreendidos em práticas sexuais, e nem sempre próprias do elemento masculino, o que é pior (Romanos 1.27).
Em abril de 1971, em São Francisco, Califórnia, por 494 votos contra e seis a favor, uma assembleia de sacerdotes e dirigentes leigos da Arquidiocese pronunciou-se contra o celibato obriga­tório.
Dos 434.541 padres existentes no mundo, 8.287 pediram dispensa das obrigações sacerdotais. Calcula-se que mais de uma terça parte (2.800) dos padres saíram sem dispensa (…) Se continuar no mesmo ritmo, calcula-se que, entre 1970 e 1975,20.700 sacerdotes sairão, com diminuiçãode l.OOOpor ano. A razão predominante é o celibato. Setenta e cinco por cento dos que pediram dispensa deram esse motivo.
Como já dissemos, e voltamos a repetir com tristeza, a Igreja Católica está muito distante de ser dirigida pelo Espírito Santo. Seus atos aberrantes e contraditórios maculam os Evangelhos e entristecem profundamente os crentes, que vêem nisso um grande menosprezo ao sacrifício remidor de Jesus, o Senhor.
Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos engana­dores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência caute­rizada, proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que confessem bem a verdade.
(ITm 4.1-3)
Não são nossas as palavras acima, que falam em “espíritos enganadores” e em “doutrinas de demônios”, mas parecem ser uma verdade transparente.
A “tonsura”, que se constituiu um obstáculo às aventuras sigilosas dos maus padres, também é uma reminiscência do paganismo e foi criada em 610 pelo Papa Bonifácio IV. “É um outro legado dos costumes pagãos. Assim procediam os sacerdotes de Ísis. Os sacerdotes de Osíris, o Baco egípcio, sempre se distinguiram pela rapadela das cabeças. Os sacerdotes da Roma pagã, da índia e da China seguiam o mesmo hábito.”
Não resta dúvida de que a coroinha em forma de zero na cabeça representava um grande incômodo para certas aventuras. “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio (…)” (Gl 5.22,23). Todas as virtudes mencionadas, sobretudo o autodomínio, são atributos dos crentes, dos cristãos espirituais. Jesus, uma única vez, fez uma pregação mais forte e mandou até que o “crente” fosse eliminado. Foi no caso de um mau testemunho. Jesus reputou o mau testemunho o pior defeito do cristão: “Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar” (Mt 18.6). Mais vale uma vida digna do que mil palavras do pregador.
Na senda da criação de novidades, e contrariando os mais elementares princípios evangélicos, a Igreja Católica se esmera. Assim foi que criou também a hóstia por decreto, por volta do ano 700, com forma esférica, como o zero, igual à tonsura. Trata-se de mais uma cópia do paganismo, pois os egípcios já a produ­ziam antes, sob a forma esférica, simbolizando o Sol, o seu deus Rá.
Extraído do livro “O Catolicismo Romano Através dos Tempos”, Ed JUERP

 Fonte:
 http://www.cacp.org.br/o-celibato-a-tonsura/

A tonsura é um corte rente de parte do cabelo, geralmente de forma arredondada, realizado numa crimônia religiosa pelo bispo, ao confeir ao ordinando o primeiro grau no clero, chamado também "prima tonsura". O significado original era o de renúncia às vaidades munda¬nas. Caiu em desuso, com a aprovação tácita da autoridade eclesiástica de Paulo VI, que supri¬miu a prima tonsura, passando o ingresso no estado clerical a fazer-se pela ordenação diaconal. Entretanto a Ordem Franciscana matem, ainda hoje, essa tradição.

Fonte:

 http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/tonsura/1087/


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