As sete igrejas da Ásia Menor, são, originalmente, as destinatárias do livro do Apocalipse. Essas igrejas ficaram popularmente conhecidas como “as sete igrejas do Apocalipse“. É importantíssimo para um estudo correto do livro do Apocalipse conhecermos um pouco mais sobre essas igrejas.
Basicamente, o número sete no Apocalipse representa a totalidade, algo completo. Sendo assim, uma boa explicação sobre o porquê de “sete igrejas” é a indicação de que o livro é atual para todas as igrejas de todas as épocas, porém sem desconsiderar que as sete igrejas descritas são as destinatárias primárias.
É importante dizer que na Ásia Menor existiam outras igrejas, como por exemplo, a igreja em Colossos. Isto nos leva à outra pergunta: qual foi o critério de escolha das sete igrejas? Para esta pergunta, definitivamente não existe uma resposta conclusiva. Em primeira instância, a ordem sobre as igrejas destinatárias do livro do Apocalipse partiu particularmente de Cristo (Ap 1:11), e, para mim, isso já é o suficiente.
Uma explicação utilizada por alguns estudiosos é que as sete igrejas escolhidas estavam próximas uma das outras (no máximo 55 km), interligadas por boas estradas romanas, o que facilitaria a troca de correspondência. Outro fato interessante é que em todas essas cidades de cada uma das igrejas, existia uma corte romana, o que naquela época representava grandes problemas para os cristãos. Inclusive, em Éfeso, Esmirna e Pérgamo, havia templos onde era celebrado o culto ao imperador.
No próprio capítulo 1 temos a explicação sobre este simbolismo. Os sete castiçais de ouro representam as sete igrejas, e as sete estrelas representam os anjos das sete igrejas.
Em cada uma dessas cartas individuais dentro do Apocalipse, podemos notar um padrão de organização do conteúdo. Willian Hendriksen, na obra Mais Que Vencedores, destaca esse padrão:
Por que sete igrejas?
Primeiramente precisamos entender que o número “sete” é muito representativo na construção do livro do Apocalipse. O número “sete” é aplicado explicitamente 54 vezes em todo livro, incluindo: as sete igrejas, sete estrelas, sete espíritos, sete selos, sete trombetas, sete taças e etc. Implicitamente temos várias aplicações como: sete seções que dividem o livro, sete bem-aventuranças, sete referências a Palavra de Deus, sete vezes a referência “Deus todo poderoso”, dentre outras.Basicamente, o número sete no Apocalipse representa a totalidade, algo completo. Sendo assim, uma boa explicação sobre o porquê de “sete igrejas” é a indicação de que o livro é atual para todas as igrejas de todas as épocas, porém sem desconsiderar que as sete igrejas descritas são as destinatárias primárias.
É importante dizer que na Ásia Menor existiam outras igrejas, como por exemplo, a igreja em Colossos. Isto nos leva à outra pergunta: qual foi o critério de escolha das sete igrejas? Para esta pergunta, definitivamente não existe uma resposta conclusiva. Em primeira instância, a ordem sobre as igrejas destinatárias do livro do Apocalipse partiu particularmente de Cristo (Ap 1:11), e, para mim, isso já é o suficiente.
Uma explicação utilizada por alguns estudiosos é que as sete igrejas escolhidas estavam próximas uma das outras (no máximo 55 km), interligadas por boas estradas romanas, o que facilitaria a troca de correspondência. Outro fato interessante é que em todas essas cidades de cada uma das igrejas, existia uma corte romana, o que naquela época representava grandes problemas para os cristãos. Inclusive, em Éfeso, Esmirna e Pérgamo, havia templos onde era celebrado o culto ao imperador.
Quais são as sete igrejas do Apocalipse?
A relação das sete igrejas pode ser encontrada facilmente logo no capítulo 1 do livro do Apocalipse (Ap 1:11), sendo elas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, e Laodicéia. Vale saber que a Ásia Menor é atualmente a região ocidental da Turquia.Os sete castiçais e as sete estrelas
Após receber a ordem de escrever o livro para as sete igrejas, João teve uma visão de Cristo andando no meio de sete castiçais (ou candeeiros), e, entre outras características, Ele tinha em Sua destra sete estrelas.No próprio capítulo 1 temos a explicação sobre este simbolismo. Os sete castiçais de ouro representam as sete igrejas, e as sete estrelas representam os anjos das sete igrejas.
Quem são os anjos das sete igrejas do Apocalipse?
As cartas são endereçadas ao anjo de cada igreja, isso fica claro no texto. Existem duas interpretações sobre quem seriam os anjos das sete igrejas:- A primeira interpretação defende que se trata de seres celestiais, ou seja, literalmente anjos. Essa interpretação busca algumas referências no Antigo Testamento onde seres celestiais são designados a ajudar e proteger um determinado povo. Porém, porque João escreveria para anjos, sendo que eles estão constantemente na presença de Deus? Como seria possível escrever um livro e enviar a um anjo? Estas e outras objeções são as maiores fraquezas desta posição.
- A segunda interpretação considera principalmente o fato de que a palavra “anjo” significa literalmente “mensageiro”, que pode ser tanto um ser celestial como um humano. Sendo humano, a palavra “anjo” cabe perfeitamente aos lideres das igrejas. Uma fraqueza desta posição é que em nenhum outro lugar da Bíblia líderes da Igreja (presbíteros, bispos, pastores) são identificados como “anjos”.
A estrutura das sete cartas
É importante entender que o livro do Apocalipse é uma unidade, e seu conteúdo como um todo foi destinado às sete igrejas, embora dentro do próprio Apocalipse temos de forma claramente dividida sete cartas às sete igrejas. Isso não significa que foram escritos sete livros individuais, mas, muito provavelmente, um único livro que foi lido em cada uma das sete igrejas, tendo na seção inicial uma carta individual a cada uma delas. Boa parte dos estudiosos concorda que essa posição.Em cada uma dessas cartas individuais dentro do Apocalipse, podemos notar um padrão de organização do conteúdo. Willian Hendriksen, na obra Mais Que Vencedores, destaca esse padrão:
- Saudação e destinatário: “Ao anjo da Igreja em Éfeso…” (2:1,8,12,18; 3:1,7,14);
- Autodesignação de Cristo: “Aquele que conserva na mão direita as sete estrelas…” (2:1,8,12,18; 3:1,7,14). Note que existe um paralelo entre quase todos esses títulos com a descrição simbólica de Cristo no capítulo 1 (vers. 12-20);
- Aprovação: “Conheço as tuas obras, assim o teu labor como a tua perseverança…” (apenas a igreja de Laodicéia não recebe aprovação);
- Condenação: “Tenho, porém, contra ti…” (as igrejas de Esmirna e Filadélfia não possuem nada condenável);
- Advertência e ameaça: “Lembra-te, pois, de onde caíste… se não…” (as igrejas de Esmirna e Filadélfia não recebem advertências);
- Exortação: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”;
- Promessa: “Ao vencedor dar-lhe-ei de comer da árvore da vida…”.
As características de cada igreja nas sete cartas
- Éfeso: a Igreja de Éfeso é elogiada por seu bom trabalho, por rejeitar o mal, por sua perseverança e por ser paciente. A crítica fica por conta do esfriamento de seu primeiro amor. A recomendação é que a igreja se arrependa e volte a praticar as primeiras obras. Éfeso recebe como promessa a árvore da vida.
- Esmirna: a Igreja de Esmirna é elogiada por suportar o grande sofrimento a que estava sendo submetida. Esmirna não recebe nenhuma critica. A recomendação é de que sejam fiéis até a morte e resistam à perseguição. Esmirna recebe como promessa a coroa da vida.
- Pérgamo: a Igreja de Pérgamo é elogiada por manter a fé e a confiança em Cristo. É criticada por tolerar a imoralidade, a idolatria e as heresias. A recomendação é um convite ao arrependimento. Pérgamo recebe como promessa o maná escondido e uma pedra com novo nome.
- Tiatira: a Igreja de Tiatira é elogiada pelo amor, fé e paciência que demonstra. Também pelo serviço prestado, e as boas obras que melhoraram em relação ao início. É criticada por tolerar a idolatria e a imoralidade. A recomendação é que sejam fiéis, pois o julgamento está próximo. Recebem a promessa de que governarão nações e receberão a estrela da manhã.
- Sardes: na Igreja de Sardes alguns têm sido fiéis, porém é duramente criticada por ser uma igreja morta. A recomendação é para que se arrependam e fortaleçam o que ainda lhes restam. Aos fiéis são prometidos vestidos brancos.
- Filadélfia: a Igreja de Filadélfia é elogiada por perseverarem na fé, por obedecerem a Cristo e honrarem Seu nome. Filadélfia não recebe nenhuma crítica. A recomendação é para que sejam fiéis. Para Filadélfia é prometido um lugar na presença de Deus, um novo nome e a Nova Jerusalém.
- Laodicéia: a Igreja de Laodicéia não é elogiada em nada, ao contrário, é criticada por ser morna, indiferente, e por não perceber a própria condição miserável em que se encontra. Laodicéia recebe a recomendação para se arrependerem e serem zelosos, e os que vencerem recebem a promessa de que compartilharão do trono de Cristo.
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